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dentro/fora/dentro e vice-versa

11/18 - 12/2018

Ernesto Neto
Franz Weissmann
Hélio Oiticica
Iole de Freitas
Iran do Espírito Santo
Jac Leirner
José Resende
Leon Ferrari
Tomás Saraceno
Waltercio Caldas

A produção artística contemporânea herdou dos modernismos um complexo léxico de abordagens do espaço. Além de ocupar um ponto no espaço ou colaborar com a definição de determinada arquitetura, uma obra de arte também pode ser ela mesma concebida como uma ambiência auto-portante ou até como uma zona de indistinção entre interior e exterior. Desde o Brasil, isso é especialmente importante porque os limiares espaciais atraíram alguns dos melhores esforços dos artistas concretos e neoconcretos, sensíveis às possibilidades da arte de definir territórios com contornos abertos e permeáveis. Esta exposição começa com o Relevo Espacial A19 e termina com o penetrável Macaléia, concebidas por Hélio Oiticica em 1959 e 1978, retrospectivamente. Essas duas obras orientam o percurso e estabelecem um vetor de atração para obras espaciais dos artistas como Ernesto Neto, Franz Weissmann, Iole de Freitas, Iran do Espírito Santo, Jac Leirner, José Resende, León Ferrari, Tomás Saraceno, Waltercio Caldas. Há linhas que definem volumes, dobras que multiplicam planos, emaranhados que sugerem massas, vazios cheios de ar, maciços que aparentam estar ocos, pesos que equilibram flutuações, reflexos que recortam a luz e campos de cor que modelam ambiências. De dentro para fora, de fora como se de dentro, dentro do fora ao avesso e assim por diante.

Paulo Miyada, curador.

 

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